No dia 26 de setembro é comemorando o Dia Nacional dos Surdos, e diante dessa data vamos falar da Surdez em Bebês. Como acontece, como agir e como cuidar de um bebê com essa deficiência.
Aprenda qual a causa da surdez
A surdez é definida como perda total ou parcial da capacidade de ouvir e ocorre quando alguma parte do ouvido não está funcionando corretamente, incluindo o ouvido externo, o ouvido médio, o ouvido interno, o nervo auditivo (acústico) e o sistema auditivo.
As causas da surdez são complexas e heterogêneas e incluem a influência de diversos fatores genéticos e ambientais ou a junção de ambos.
Aprenda como é feito o rastreio da surdez em bebês
A surdez é um problema de saúde pública grave e afeta 1-6 a cada 1000 nascidos vivos saudáveis e de 1-4 a cada 100 recém-nascidos atendidos em UTI neonatal. No Brasil, a Triagem Neonatal Auditiva (Teste da Orelhinha) faz parte do Programa de Triagem Neonatal do SUS.
O Teste da Orelhinha é obrigatório e é realizado ainda na maternidade entre 24h e 48h após o nascimento do bebê para identificar possíveis problemas auditivos. O teste consiste na produção de estímulos sonoros e na captação do seu retorno por estruturas do ouvido interno do bebê. O teste é rápido (dura de 5 a 10 minutos), seguro e indolor.
A audição é um dos sentidos mais importantes para a criança pois é através da audição que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Por isso, caso seja confirmada a perda auditiva, mesmo que discreta, no Teste da Orelhinha o bebê deve ser encaminhado para um serviço de reabilitação auditiva para início do tratamento.
Por que o Teste da Bochechinha é tão importante na identificação precoce da surdez?
Através da técnica de sequenciamento de nova geração (NGS), o Teste da Bochechinha analisa o DNA do bebê, conseguindo identificar alterações nos genes GJB2 e GJB6, responsáveis por cerca de 40% dos casos de surdez não-sindrômica (quando a criança não possui outros sinais e sintomas além da surdez). Os genes GJB2 e GJB6 produzem duas proteínas chamadas Conexina 26 e Conexina 30, respectivamente, que possuem funções importantes no funcionamento da cóclea, uma estrutura do ouvido muito importante para a audição.
O diagnóstico precoce é fundamental, pois quanto mais cedo for iniciado o tratamento, melhor o desenvolvimento da linguagem e adaptação social da criança.
Todo o desenvolvimento da criança está atrelado ao desenvolvimento da linguagem e das diversas formas de comunicação. A primeira infância é o período mais favorável. A criança surda, privada disso, levará para a vida o estigma de deficiente. Ao se tornar adulto, o ouvinte que a avaliará dificilmente conseguirá entender porque esse surdo não se comunica adequadamente.
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