Apojadura: entenda como lidar com a descida do leite

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Quem vê a mulher amamentando tranquilamente seu bebê não imagina que oferecer o seio ao filho pode causar certos desconfortos que geram dor e ansiedade. A apojadura, que é o preparo da mama para o início da produção do leite, é um desses desconfortos e nem sempre é fácil. Por isso, para tornar essa primeira experiência da mãe com seu bebê mais prazerosa, é que se recomenda o contato pele a pele na primeira hora pós-parto, visto que não somente se inicia a prática alimentar do bebê, mas também se estabelece o vínculo afetivo entre mãe e filho, essencial para o desenvolvimento socio afetivo da criança.

O que é apojadura?

Apojadura é o preparo da mama para a produção de leite que, geralmente, acontece até cinco dias após o parto. Neste período, as mamas ficam maiores e bem cheias, por igual, e algumas vezes quentes. É normal haver um pequeno fluxo de leite, começando a descer em forma de gotinhas, suficiente para o bebê ficar satisfeito.

 

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O que fazer durante a apojadura

Essa é uma dúvida comum entre muitas mamães. A maioria dos problemas com as mamas ocorrem nas primeiras duas semanas pós-parto, normalmente fruto de um manejo inadequado. Em outras palavras: falta de orientação e despreparo.

Vale ressaltar que o mal-estar pela descida do leite deve passar de maneira natural, normalmente em poucos dias. Mesmo assim, sempre é válido buscar maneiras de amenizar os maiores desconfortos durante esse período, e também garantir a saciedade do bebê. Caso você sinta que precisa de mais auxílio, procure uma consultora de amamentação ou algum outro profissional da área.

Confira algumas dicas para enfrentar a apojadura da melhor forma

Ordenha manual: realizando-a da maneira indicada, normalmente a partir das orientações dos profissionais de saúde envolvidos no parto e pós-parto, o líquido em excesso deve ser expelido, prevenindo ou amenizando o inchaço e outros fatores. A atividade contribuirá para evitar mamas ingurgitadas e garantir que a criança tenha acesso à sua fonte de alimentação.

Massagem nas mamas: com os seios expressivamente inchados, as aréolas também ficam rígidas. Isso torna a pega mais difícil para o bebê, já que ele não consegue fixar a boca da maneira correta, escorregando unicamente para o bico do peito.

Resultado: podem surgir fissuras e machucados no mamilo, além de os nutrientes não serem passados de maneira eficiente.

Uma maneira de evitar esses malefícios é massagear as mamas, sempre iniciando pelas auréolas, com movimentos circulares, para deixá-las mais flexíveis. O ideal é fazer isso antes de toda mamada enquanto os seios estiverem mais rígidos.

Rede de apoio: costuma ser valioso ter pessoas próximas e dispostas a ajudá-la física e emocionalmente. Frequentemente, as lactantes ficam tão fragilizadas, cuja dor não permite que elas realizem a massagem ou a ordenha manual por conta própria.

Por isso, é fundamental a construção de uma rede de apoio que esteja perto da mãe nesse período, voluntariando-se para auxiliar nos procedimentos. A pessoa escolhida pode fazer a massagem, seguindo também as suas indicações de quais as regiões mais sensíveis.

 

O que não fazer durante a apojadura

Compressas quentes: um mito comum é a indicação de realizar compressas para aliviar os sintomas da apojadura. A aplicação de uma bolsa quente aumentaria o tamanho das mamas e da produção de leite, piorando as condições para uma boa recuperação.

Compressas frias, por sua vez, podem trazer alívio temporário e auxiliar no desinchaço, mas os outros procedimentos continuam sendo melhores. Uma possível exceção no âmbito das compressas é o repolho ou couve gelada. Mas, para essa opção ter sucesso, você deve fazê-la conforme as orientações de um profissional que realmente a conheça.

Extração com bomba: tendo em vista as condições da mama na apojadura, provavelmente dura e com a pele esticada, ela não está apta para receber uma bomba, seja elétrica ou manual. As chances de isso causar um ferimento ou incômodo ainda maiores são grandes. Essa opção deve ser considerada apenas por indicação profissional e suas orientações.

Para sua saúde e do bebê, é imprescindível que a mãe, mesmo após o parto, mantenha o contato com os profissionais de sua confiança. Priorize especialistas alinhados com os seus objetivos. Essa atenção não deve diferir durante a apojadura. Pelo contrário. A mulher deve pedir respostas aos médicos, enfermeiras, doulas e consultoras de amamentação sobre quaisquer dúvidas.

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